Dando continuidade à série de artigos sobre como melhorar seu resultado de frete, um fator simples, mas muitas vezes ignorado por parte dos embarcadores, diz respeito à necessidade de ajustar o modelo de cobrança de transporte à realidade da empresa.
Isso mesmo, uma TABELA DE FRETE PERSONALIZADA de acordo com o perfil da carga e características da operação permite ganhos significativos. Entenda por que…
Inicialmente, é comum os transportadores aplicarem uma tarifa padrão. Ela é conhecida como “tabela genérica” ou “tabela balcão” e incide aos embarcadores que não possuem uma negociação especial. Ao aplicar esses valores, o transportador considera seus custos operacionais, seguro de carga e outras despesas, além de uma margem mais lucrativa. Mesmo em casos de embarques esporádicos, é importante para o embarcador ter uma condição particular e diferenciada de preços, evitando assim a tabela padrão.
A tabela personalizada melhora seu resultado de frete porque representa o contrato de parceriafirmado com o transportador. Ao estreitar a relação comercial, abre-se espaço para novas negociações e, por consequência, novas oportunidades de redução de preços poderão surgir.
Mas você sabe quais são os elementos essenciais para construir uma tabela customizada e favorável às suas condições? Veja algumas dicas:
1. Tenha claro o formato de tabela mais adequado à sua carga
Primeiramente, é necessário avaliar o formato de tabela mais apropriado para seus produtos. Para isso, é necessário conhecer suas principais características, aquelas que determinam a cobrança do frete. Por exemplo:
- Se o produto possui alto valor agregado, procure por tarifas com taxas percentuais reduzidas (AdValorem e Gris);
- Em casos onde a carga é volumosa, selecione tabelas com isenção ou fatores mínimos de cubagem;
- Se a mercadoria é extremamente pesada, tome cuidado com o Frete Peso, Quilo Excedente e Quilo Tonelada. Esteja em alerta também com a composição/escalonamento das faixas de peso da tabela.
Na prática, uma tabela de frete aderente ao perfil de carga pode impactar diretamente na redução de custos.
Mas atenção! O desconto ou isenção de determinado componente não lhe garante um frete mais barato. É necessário verificar se não existe contrapartida em outras taxas. Portanto, fique atento e faça as contas!
2. Forneça ao transportador todas as características da operação
Para que possa construir uma tabela específica para sua empresa, o transportador precisa ter em mãos os principais dados da carga, entre eles:
- Volumetria: peso, volume, cubagem, valor de mercadoria;
- Regiões de atuação,
- Fluxo médio de expedição por período;
- Clientes com particularidades de entrega;
- Particularidades de coleta/entrega.
3. Defina suas condições de atendimento
Alinhar os requisitos de atendimento é fundamental em qualquer negociação. Exponha ao transportador suas necessidades em relação a:
- Limites de prazo de entrega por região;
- Agendamento em clientes especiais;
- Agrupamento de notas fiscais;
- Cobrança ou isenção de taxas;
- Política de faturamento;
- Documentos eletrônicos (layout, formato de envio, periodicidade, etc.).
Para finalizar o tema TABELA DE FRETE, segue a última dica deste post:
4. Tenha mais de uma opção contratada por região
Invariavelmente, isso por lhe proporcionar duas grandes vantagens:
A primeira é que você não ficará “refém” de apenas um transportador. Em caso de qualquer problema na operação de um parceiro, você terá outro pronto a lhe atender, com preço justo e condições previamente acordadas, sem gerar impactos negativos no seu processo de distribuição.
Outro ponto importante é que a relação de concorrência entre transportadores abre oportunidades para os embarcadores, tanto para a redução de valores de frete quanto para o aumento do nível de serviço. Se conseguir aliar estas duas condições, melhor ainda.
Fonte – https://www.logisticanapratica.com.br/index.php/2017/05/25/precisando-melhorar-seu-resultado-de-frete-parte-ii/